Abril é o mês da Conscientização Mundial do Autismo. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é muito pouco divulgado e conhecido, ainda que atinja 1 a cada 160 crianças no mundo e 2 milhões de pessoas (somente no Brasil), segundo a Organização Mundial Saúde (OMS).
No esporte não é muito diferente. Mesmo com o segmento paralímpico crescendo a cada dia, ainda há muita falta de informação, especialmente sobre a classe de deficiência intelectual e autismo no esporte de alto rendimento. Por isso a campanha Abril Azul é tão importante: ela esclarece, informa e ajuda a divulgar o tema.
Mas afinal, o que é o autismo?
Segundo a medicina, o autismo é “um transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir.” Ele afeta o sistema nervoso e o alcance e a gravidade podem variar, isso porque o autismo possui muitas subdivisões e níveis, então há transtornos mais leves e outros mais graves.
Dos sintomas, os mais comuns são dificuldade de comunicação e interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos. Se diagnosticado precocemente, os sintomas são reduzidos e ajuda no desenvolvimento e aprendizagem.
Como o autismo é visto no esporte?
Para serem considerados na classe de deficientes intelectuais, os atletas devem cumprir a definição de deficiência intelectual estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS):
- Ter QI (quociente de inteligência) menor que 75
- Limitações no funcionamento adaptativo (habilidades sociais, domésticas e de comunicação)
- A deficiência deve ter ocorrido antes dos 18 anos de idade.
Como dissemos, o autismo é um transtorno amplo, alguns apresentam aspectos mais graves e outros mais leves. Isso inclui diferenças entre os autistas, então apesar de a maioria cumprir os dois últimos requisitos de elegibilidade (limitações adaptativas e diagnóstico antes dos 18 anos), nem todos têm QI abaixo de 75, isto é, nem todo autista é deficiente intelectual. Muitos inclusive têm uma inteligência acima da média, então não são elegíveis para a classe paralímpica.
Autismo x Esporte
Um mito sobre o autismo é que ele é sobre dificuldades intelectuais, mas na verdade, é sobre prejuízos sociais e de comunicação. Ainda que atividades físicas não sejam o foco dos pais de filhos com autismo, ele é uma ótima alternativa e ajuda a desenvolver uma série de capacidades.
Os pais estão mais preocupados em desenvolver habilidades de comunicação e contato visual, porém, o esporte oferece habilidades motoras, atenção, comunicação verbal e não-verbal, ajudam a reduzir a ansiedade (uma característica muito presente em pessoas com TEA) e consequentemente melhora as relações sociais, já que estará em contato com outras pessoas.
Marcio Catenacci, além de nosso atleta aqui na KVRA, é professor de Jiu-Jitsu e adapta suas aulas para pessoas com deficiências intelectuais. “Tomada de decisão, autoestima, foco, concentração, habilidade motora e poder racional de solução de problemas” são alguns dos exemplos que Catenacci destaca ao falar sobre como o Jiu-Jitsu ajuda pessoas nessas condições.
Para as pessoas com deficiências intelectuais, o adversário é o mesmo, seja dentro ou fora dos tatames. A KVRA apoia essa causa e as pessoas, independente de suas origens, condições, etnia, gênero, idade ou idioma. Somos todos um, somos todos iguais, somos todos KVRA! E esse mês, estamos apoiando a AAPA! A cada produto, 1 real é doado para a instituição, sem custo adicional para você, basta selecionar ao final de sua compra.
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